terça-feira, 29 de maio de 2012

e eu que não sou nada?
apenas mais um esterco desse mundo.
clássicos do rock'n roll misturados com banana.
isso é psicodelia?
o que eu deveria estar aprendendo nesse mundo e não estou?
sou bem curiosa sobre alguns assuntos.
e não tenho curiosidade nenhuma sobre outros.
meus pés doem de tanto procurar.
respostas. respostas.
os escritos e as palavras não são suficientes.
eu tenho que botar isso pra fora de alguma maneira.
tão clichê.
as minhas entranhas estão doentes.
seus olhos brilham tão profundamente.
a mesma boca que beija é que a que escarra.
eu me sinto como um pisca pisca de natal.
e que merda que eu sou?
whatafuck is this???
e porque tudo que estou escrevendo está vindo a minha cabeça primeiro em inglês?
será que eu já te conheço?
será que nossos olhos ja estiveram a menos de 1 cm de distância?
será que eu era a água do mar e você a areia?
por que eu acho tudo tão ridículo?
por que eu não consigo sentir nada?
por que eu sei que vou apodrecer e você também.
e se eu não pertencer a lugar algum?
minhas plantas estão mortas.
meu balanço é gostoso.
meu acorde é amaldiçoado.
minha canção é muda.
existe um ser dentro do outro ser.
uma voz que fala por mim.
um canto do desencanto.
uma farpa solta na madeira.
um pedaço de pano molhado.
um sentido qualquer desperdiçado.
uma tinta fresca num quadro.
vamos voar e nunca vamos morrer.
Você tem um cigarro?

By the way, i have.

meus olhos brilham.
você acredita em mim?
porque eu não acredito em você.

meus sonhos estão destroçados.
aquela certeza que machuca.
meu estômago dói.
Odeio surpresas.

vários sentimentos variados.
várias repetições repetitivas.
posso voltar a sentir, como quando era criança?
queria ter modos, as vezes.
minha cabeça está ligada 24 horas por dia, 7 dias da semana.
minha cabeça pensa demais.
sinto falta de dar vazão aos meus sentimentos.

Nossos laços são eternos.
Por que eu me sinto tão cansada?
So tired.
Tudo isso é um teste.

quinta-feira, 24 de maio de 2012


Acho que com o tempo, nós vamos ficando mais borings e sem paciência.
Acho que nunca tinha me sentido tão artista, como agora.
Sangue fervendo...borbulhando.
Veias em ebulição.
Carne trêmula. nervosa.
Pele arrepiada. gelada e quente ao mesmo tempo.
Unhas.
Unhas arranhando sua pele.
Arrancando suas energias.
Líquido suave, doce e marcante saindo dos seus poros.
Sombra do sol.
E você aí com seus gestos evasivos e sem sentido.
Pode me sentir?
É muita poesia pra pouca arte.
E se eu já não sei mais...
E se eu nunca soube...
E foi apenas fantasia...
E foi pouco e não é suficiente.

Ei você aí atrás dessa cortina de ferro?
Ei você com veneno nos dentes?
Ei você que oscila muito e não chega a lugar algum?

Você perde sua cabeça e se joga.
É tentar de outra forma.
Jogos livres pra jogar.

Nós não precisamos de educação.
Sem sarcasmo.

Quando escutei Pink Floyd pela primeira vez, não entendi muito o som deles.
Levei alguns anos pra ter maturidade suficiente para entendê-los.
Para ter ouvidos para ouví-los.

Money, where are you??

sexta-feira, 11 de maio de 2012

o cansaço é um tipo de sedativo.
ele dopa você.
anestesia sua consciência.
te deixa absurdamente intocável.
o mundo se torna um nada.
eu escuto high hopes do pink floyd e não sinto nada.
nada.
nada.
nada.
apenas uma reação a uma ação.
uma embreagez distinta.
demência.
ausência.
dormência.

banho e cama.
it's all a need.
at least that night.

sábado, 5 de maio de 2012

Meu coração é uma espécie de apocalipse ilimitado.
A luz e a treva.
Cuidado onde pisa.
O chão pode ser bem sólido e também pode ser uma areia movediça.
O sangue borbulha nas veias.
Desde ontem até a eternidade.
E o pulso ainda pulsa.
Posso ser seu pior pesadelo.
Ou sua luz mais brilhante.
Não me decidi ainda.
Inútil.
É o momento da verdade.
É o momento da mentira.
Até o limite.
Ossos quebrados.
Olhos esmigalhados.
Por todos os lados.
A vida grita lá fora.
A vida te cospe e te engole de volta.
Tudo no mais perfeito equilíbrio.
Isso tudo é um lixo maldito.
Um certeza desfeita.
Um ilusão de ótica.
Uma foto de cabeça pra baixo.
Uma xícara de café vazia.
A água quente que te arranca a pele.
As unhas que te rasgam.
As lágrimas de sangue dormentes e apáticas.
Talvez eu seja um tipo de Nostradamus fora de moda.
Uma filha da puta capaz de prever esse futuro tão óbvio.
Uma folha seca que o vento leva.
Um pedaço de carne paralisado.
Uma sombra que vaga.
Um espírito fudido.
Uma peça sem encaixe.
Um quebra cabeça sem partes.
Um lenço de marte.
Enfim, essa arte.
Meus olhos e ouvido doem.
Eu já não sei mais se o que penso é real.
Isso é um sonho?
Ou um pesadelo?
Diga-me o que você acha.
Deixe tudo queimar.
Meus olhos ardem.
Meus ouvidos estão doentes.
É nessa hora que me inspiro.
A sua frieza é mais uma mão que me afaga.
O seu silêncio é o escarro.
Eu posso dizer que já sabia?
Que tinha certeza dessa merda toda?
Os fatos são mais fortes que qualquer possível solução.
Eu preciso ouvir seu coração bater.
Preciso sentir o meu coração sussurrar.
Desde o princípio, com meio e fim determinados.
O meu nível de tolerância já chegou ao limite.
Eu preciso ouvir a batida...
Eu preciso ouvir a batida do coração.
Esse furação vai seguir seu caminho.
Diga-me se você mataria...
Mataria pra salvar nossas vidas?
Mataria para provar que está certo?
Você me quer?
Você me quer?
Você me quer viva...ou me quer morta?
Não tenho estômago pra isso.
Essa bosta toda não é real.
E o que não é real, não é o suficiente pra mim no momento.
Chega de ser meramente ilustrativo.
Porra nenhuma de ilustrativo.
A ilustração morreu.
Eu quero o que posso ver, tocar, sentir.
Vida real.
Real life.
Real fucking life.