quinta-feira, 22 de setembro de 2011

e tem dias que são assim...sem chuva e sem sol.
apenas nuances de luz que permeiam seus pensamentos e sua pele.
brisas de sentidos.
suaves energias.
sensações oblíquas e tênues.
e quando tudo que você tem que fazer é esperar.
flores mortas esperando renascer.
a linha que separa a vida da morte é tão mínima que você não pode lutar contra.
e sua cabeça gira...gira...gira.
não se perca em si mesmo...pode ser uma rua sem saída.

e quando tudo que te atormenta é apenas fruto da sua imaginação?
e quando você pensa que sabe de tudo mas, que na verdade, não sabe é de nada?
seu brilho ofusca outras pessoas e isso incomoda.
sua sinceridade é como uma sarna pras outras pessoas.
seu silêncio não é bem visto e suas ideias menos ainda.

a acidez corrompe toda a ingenuidade.
a malícia permeia as palavras mais sórdidas.
o veneno escorrendo pela boca.

sou sua mais perfeita ilusão e você morre de medo disso!

sábado, 17 de setembro de 2011

um aquecedor please?

eu tento!
eu juro que tento todos os dias da minha vida lutar contra isso.
lutar contra esse vazio que insiste em persistir.
contra esse eco que ressoa na minha alma.
mas as sombras insistem em me procurar.
os demônios não deixam de me atormentar.
essa falta de sentido.
essa solidão constante.
esse vazio indeciso.

no fim você enfrenta seu destino sozinho.
não existem mãos amigas que podem te salvar disso.
o seu tormento ou a sua alegria dependem, única e exclusivamente, de você.

eu não quero desistir e nem vou desistir.
eu sou expert em me autocriticar e exigir demais de mim.
o peso que eu coloco nos meus ombros já é suficiente pra eu andar na corda bamba.
nesses caminhos tortuosos da vida resta-nos a fé em dias melhores.
fé por muitas vezes abalada.

meu sorriso está engasgado.
meus conflitos internos são muito maiores que os externos.
me destróem muito mais.
me consomem muito mais.
me fodem muito mais.

o que se passa comigo meu Deus?
por que, apesar de ser uma menina tão abençoada, eu não consigo ser feliz?
contra quem eu estou lutando?
contra o que eu estou lutando?
minhas emoções são sempre tão afloradas, mas meus olhos estão sempre perdidos no horizonte.
eu bem que podia ter uma folguinha de vez em quando desse meu autoflagelo né?

eu tô cansada de dá mais e receber menos.
eu não sou uma fonte de luz e de amor inesgotável.
preciso ser regada e acariciada pra poder florescer.
é drama que não acaba mais.
por isso, evito ver filmes dramáticos demais.
de drama já basta o meu.

a pele tá arrepiada e os pés estão gelados, assim como meu coração.
um aquecedor agora faria uma grande diferença.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

A fábula do ratinho

Era uma vez... a história de 3 ratinhos.

2 deles se conheciam a mais tempo, já tinham passado por várias coisas juntos.
Coisas boas, coisas ruins, desavenças na família, tragédia pessoal, falta de dinheiro, felicidades amorosas, solidão e outras coisinhas.

Depois de algum tempo que eles se conheciam, apareceu um terceiro ratinho. Também gente boa e que passou por várias coisas na vida e algumas, os ratinhos estavam presentes.

Eis que a vida pega um ratinho e dá um tapa na cara dele!
E ele é pego de surpresa no meio de uma tpm filha da puta.
É interessante como ele acreditava que os outros ratinhos conheciam ele, principalmente o ratinho mais antigo.
Mas na na verdade, tinham uma visão totalmente distorcida dele.
Se fosse um ratinho que ele não se importava, tava tranquilo.
Era só mandar tomar no cú e tava resolvido.
Mas não era assim e o buraco era muito mais embaixo.

O ratinho ouviu coisas bem dolorosas e, em um dia, nada propício.
Sabe quando o ratinho se fode justamentente no dia que ele já tá fudido até o último fio de cabelo? Pois é, foi assim.
Ele nunca pensou que ia derramar tantas lágrimas por causa das palavras de um ratinho tão querido.
Doeu bastante.
Só de ele lembrar, já dava vontade de chorar.

Não tá sendo fácil pro ratinho, processar todas as palavras que foram ditas.
E se não bastasse ouvir de um ratinho uma metralhada de críticas, bofetadas verbais e não reconhecimento, o outro ratinho também desce o verbo.
Tudo vomitado na cara dele.
Ele chorou tanto, que não tinha forças nem pra pensar, nem pra raciocinar.
Antes ele tivesse levado uma surra na rua, tinha doido menos.
Botaram o ratinho numa encruzilhada, onde as únicas opções que ele tinha, era ser atropelado ou por um lado ou pelo outro.

Ele se sentiu pequeno, sem forças e totalmente acuado.
Pior, era ter que depois de tudo isso, continuar no mesmo ambiente que os outros dois ratinhos.
A vontade dele era ir pra um lugar que ninguém pudesse vê-lo ou saber da sua existência.

Incomoda tanto o fato de o ratinho gostar de viver a vida?
Incomoda tanto o fato de o pai do ratinho ter sempre dado tudo a ele?
Incomoda tanto o fato das experiências de vida do ratinho terem sido em grande parte felizes e não tristes?
O ratinho também sofria.

Tudo que o ratinho mais quer na vida é ter um trabalho legal, que lhe dê o sustento e que pague suas contas.
Mas caralho, não tá fácil!!!
O ratinho tá correndo atrás, mas infelizmente as coisas ainda não aconteceram porra!
O ratinho precisou parar a vida dele por mais de 5 meses, em prol de uma necessária ação e os outros ratinhos não enxergam isso??
Agora ele escuta que só tá afim de festa, que só dá valor a roupas e futilidades?!
Como assim???
O mundo tá de cabeça pra baixo ou o que?
E ainda chamaram o ratinho de capacho de outra pessoa.

Quando o ratinho pensava que tinha intimidade suficiente com um outro ratinho, tanto pra ele falar o que quizer, quanto pra o outro fazer o mesmo, o ratinho descobre que há muitas entrelinhas no meio do caminho.
Que há brechas que ele nunca imaginaria.
Ele não tinha problemas em ouvir críticas.
Acreditava que elas são necessárias, mas ser chamado de ingrato?
Que não dava valor aos ratinhos que queriam bem a ele??
E pior, dizer que não podia contar com o ratinho, quando tudo que ele fazia era estar disponível e solícito?!
O ratinho realmente vai pro Céu expresso!
Porque, pra ouvir o tanto de coisas que ele tinha ouvido nos últimos tempos, o futuro só podia tá guardando uma coisa expectacular pra ele.
Julgavam o ratinho fútil, farrista, que só pensava em roupas caras, que não dava valor aos outros ratinhos que lhe dão valor, que não podiam contar com ele, que ele só dava valor aos ratinhos que não prestavam!
Pqp!

O ratinho ficou muito surpreso com tudo isso.
Ficou surpreso não só pelas coisas que ele ouviu, mas também pela forma e principalmente porque o ratinho tava de tpm e todo ratinho (principalmente os quem tem) sabem muito bem como os ratinhos ficam sensíveis e vulneráveis nesse momento.

Ele vai levantar a cabeça e vai dar a volta por cima mas, algumas coisas vão mudar.

Ele sabia que aqueles ratinhos queriam o bem dele e que desejam tudo de bom pra ele, assim como ele aos outros...mas a facada foi tão profunda que não ia dar mais pra continuar tudo igual.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

saudades...

esse teu sorriso assim...
como quem não quer nada...
chegou de mansinho e invadiu os meus dias...
os meu sonhos...
os meus sorrisos...
a minha mais alta complexidade.
o meu maior suspiro.
o meu maior desejo de ser feliz.
e os dias passam.
e as noites são iluminadas.
e a saudade grita!