terça-feira, 31 de maio de 2011

Inquietação pura...

Ando pensando sobre muitas coisas nesses últimos dias.
Peculiar e repetitivo, mas é um fato.
Quando deito pra durmir as ideias começam a fluir, borbulhar até que transbordam.
Ontem não tive coragem de levantar e ligar o note.
Tava frio demais e eu precisava de uma boa noite de sono.
Nem por isso, peguei no sono rapidamente.
Pra variar um pouquinho, demorei a durmir.
Depois de um tempo deitada, resolvi ligar o meu ipod e ouvir o velho e bom nick drake, pra finalmente, após ouvir o álbum inteiro, conseguir durmir.
Eu tenho sonhando muitas coisas doidas ultimamente.
Bizarrices, sexo, tiros, assassinatos, perseguições, um pouco da sujeira humana.

Acho interessante como as pessoas deixam o ego tomar conta de suas atitudes.
A grande maioria pensa, ou melhor, tem certeza, que tem o direito de julgar as atitudes das outras e que suas ideias são "as ideias" corretas.
Caralho!Ninguém que viva nesse mundo tem o direito e a faculdade mental para julgar ninguém.
Somos ainda muito imperfeitos, pequenos, ignorantes e pouco esclarecidos para podermos julgar o que é certo e o que é errado.
Isso não existe.
O que existe são formas de se fazer as coisas.
E cada pessoa tem sua forma ideal.
O que serve pra mim, por exemplo, pode não servir e não serve pra outra pessoa.
Cada um possui uma metodologia de vida que se adequa às suas necessidades.
Necessidades essas, que por mais primitivas e iguais que sejam, agregam diferentes valores.
Temos uma tendência a nos achar donos da verdade e achar que sabemos o que é melhor para as outras pessoas.
Aqui não falo de uma mãe que educa seu filho, mostrando o que é bom e o que é ruim, mesmo que isso seja fruto das experiências e da concepção da mãe, mas falo de nós, seres pensantes e questionadores dessa vida.
Eu acredito que o que eu penso sobre a vida é o certo, a maneira com que vejo e sinto as coisas é a melhor, mas isso não quer dizer que seja uma verdade universal, coisa essa que não existe.
Mesmo que muitas vezes eu sofra e me dê mal pensando do jeito que penso, ainda assim, não penso que mudar vai resolver o meu problema. Acredito que preciso entender como sou e aprender a lidar com isso.

Tenho uma maneira bastante verborágica e expressivamente explosiva de me mostrar através das palavras. Muitas pessoas gostam, outras não.
Eu já fui muito adepta das metáforas.
Na adolescência era metafórica ao extremo.
Escrevia através de muitos códigos e com uma linguagem subjetiva demais.
Isso passou.
Aliás, acho que falo as coisas na cara até demais.
Não gosto de rodeios e nem de metáforas.
Sou direta, objetiva e franca.
Utilizo de muitas hipérboles, de ironia e um pouco de sarcasmo também.
Tenho uma mania de visualizar o futuro com muita rapidez.
No fundo, são poucas as surpresas que realmente me surpreendem.
Eu antevejo muitas coisas.
Isso naturalmente faz parte da minha intuição e das minhas premonições espirituais.
Uma coisa eu sei.
Pensamento tem força.
E tem mesmo!

Somos programados desde que nascemos a seguir um padrão.
Quando a nossa mente se rebela, a merda tá feita.
O escândalo está pronto.
O meu primitivo não é a única coisa que pode me guiar.
É preciso evoluir e buscar o algo mais.
E isso não é iventar complicação pra vida.
É simplesmente entender o que existe além do óbvio.
Além do que somos programados a compreender.
Usamos apenas 5% do nosso cérebro, ou pelo menos somos ensinados a só usar essa parcela insignificante.
Por que precisamos repetir os mesmos erros?
Por que tenho que me submeter aos padrões e aceitar que a vida é isso mesmo e não questionar nada?
Pra viver uma vida nas trevas?
Sinto muito, mas eu preciso entender o porquê das coisas.
Não consigo apenas aceitar.
Preciso de respostas que justifiquem as coisas.

Eu voto não à mediocridade!
Fucking that shit!

segunda-feira, 23 de maio de 2011

evebody loves the sunshine.





é incrível como o que é lixo pra gente pode servir pra outra pessoa.
seja lixo reciclável ou não.
um trabalho que não queremos mais.
um amigo que não é mais amigo.
uma pessoa que a gente se envolve e não quer mais.
uma casa que não queremos mais morar.
um carro que vendemos.
um sofá velho jogado pela janela.
uma garrafa de coca cola vazia.
tudo tem serventia pra outras pessoas.
até mesmo uma crença que não nos serve mais, tem serventia pra outros.
mas no final das contas é com você.
suas contas você acerta sozinho.

algumas pessoas dançam bem, outras nem um pouco.
algumas falam bem, outras porra nenhuma.
algumas pessoas são bonitas, outras feias pra caralho.
algumas pessoas choram, outras riem demais.
algumas pessoas preferem a verdade, mas a maioria prefere a mentira.
alguns pensamentos são permitidos, mas muitos deles proibidos.

os cacos ainda estão pelo chão.
não sei se existe cola pra eles.
muitas moscas estão posando sobre eles.
tem pó sobre os olhos deles.
pó de vidro quebrado.
que vai se expandindo pela casa.
virando parte da casa.
eles não tem dono.
nem tem casa.
são restos mortais de um vidro frágil.
ninguém viu escrito na caixa "frágil"?
eles estão perdidos.
perdidos na transgressão.
as pétalas vão se juntar aos cacos e vão todos para o lixo.
aquele lixo lá de cima, que ninguém deu importância.
alguém dará.
o deus dará.

vai lá.
vai lá em casa.
vai achar teus pertences.
vai levar embora essa tua cara velha e desgastada.
leva tudo o que tu trouxe.
leva até o que eu te dei.
leva mesmo e não volta pra buscar mais nada.
porque se sobrou algum pedaço, foi de mim.
dos meus braços e abraços.
que algum dia ficaram perdidos em ti.

não tem gestos nem objetos.
não tem mais nenhuma comida estragada.
nem um pão mofado.
tem apenas algumas flores mortas e o resto da sua energia que ficou grudada nas paredes.
o desinfetante vai tirar os teus restos.
o paraíso e o inferno ficam mais próximos do que você imagina.
life is a motherfucker bicth louca pra engolir você.

everybody loves the sunshine.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Não somos especiais

A maior parte das pessoas relaxa a cabeça quando chega a noite.
As vezes tenho a sensação de que não consigo relaxar, ou muitas vezes, que justamente pelo fato de relaxar a minha mente, as ideias fluem com naturalidade e por isso, tenho dificuldades pra dormir.
Não sou especial por isso.
Muitas pessoas têm problemas pra dormir.
Muitas pessoas têm vários tipos de problemas e nem por isso são especiais.
Algumas tem chulé, outras artrite, outras caspa, outras coçeiras no corpo, outras dores de cabeça, outras gastrite, outras asma, outras como eu tem esses dois últimos juntos e ainda assim fumam. Outras têm câncer, outras sofrem de lúpus e por aí vai.

Cada um sabe do peso que carrega.
E só cada um pode medir o quanto pesa.

Vivemos querendo ser especiais como se isso fosse quase uma doença.
Somos apenas seres que estão no mundo, assim como os cavalos, os cachorros, os gatos, as vacas, os bois, os mosquitos, as plantas.
Todo mundo se sente solitário, carente, feliz, satisfeito, enjoado, estressado, apaixonado, sem paciência, com fome, com frio, com sede, relaxado, alegre e isso não faz nenhum de nós melhor ou pior.
Todos nós, de alguma maneira, temos contato com todos os tipos de emoções, seja direta ou indiretamente.
Algumas vezes ficamos terrivelmente abalados e outras vezes sequer percebemos que determinada coisa aconteceu.
Já somos 7 bilhões de pessoas vivendo na terra.
Número incrível não é?
Claro que cada pessoa é especial e tem uma diferente história de vida pra contar.
But is not a big deal.
Somos diferentes sim, mas somos feitos da mesma matéria e sentimos as mesmas emoções. Seja aqui no Brasil ou no Japão.

Temos o hábito de querer ser notado, de alguma maneira.
Mudamos o corte ou pintamos o cabelo, compramos roupas novas, viajamos, vamos em restaurantes e bares, procuramos nos destacar em alguma atividade profissional, malhamos, fazemos dieta, wherever fucking thing.
Algumas pessoas têm mãe e pai, outras não têm. Alguns têm muitos irmãos, outras nenhum. Algumas pessoas são bonitas, outras nem um pouco. Algumas são inteligentes outras burras. Algumas vivem muito, outras não. Algumas são intensas, outras superficiais. E assim é a vida.
Não somos especiais, mas também não somos qualquer lixo de rua.
Somos únicos, mas somos todos iguais.
Feitos da mesma matéria e das mesmas emoções.
Tem gente que pensa nisso, tem gente que não.
Tem gente que vive uma vida inteira sem procurar respostas e é feliz.
Tem gente que vive uma vida inteira na ignorância.
Tem gente que acorda, vive um pouco e volta a durmir.
Tem gente, como eu, que não desliga da tomada nunca e que de vez em quando toma alguns choques.
Tem gente que apenas sobrevive.
E eu acho massa essas pessoas que parecem viver muito bem. Sempre com um sorriso no rosto e uma cara de tranquilidade.

Não sou especial.
Muitas vezes tenho a impressão de que escuto demais, que tenho uma audição realmente diferenciada. Mas talvez o que ocorre comigo, e que com certeza ocorre com outras pessoas, é que vim pra esse mundo pra ouvir.
Minha contribuição pra esse mundo talvez seja essa, ouvir.
Ouvir os sons que a matéria pode produzir, sejam eles coerentes ou não.
Eu gosto de ouvir o som da chuva caindo, o barulho do mar, o silêncio da madrugada, músicas, muitas músicas.
Minhas formas de expressões mais fortes são pintar e escrever. Nada relacionado a fala, apesar de falar demais, as vezes.

Quando criança e depois adolescente, não tinha dificuldades para dormir.
Hoje em dia, o simples barulho de um tic tac de relógio não me deixa dormir.
Ou ainda a respiração de alguém.
Últimamente tenho ouvido um pouco de música quando me deito, pra relaxar um pouco.
O álbum é o "five lieves left" do nick drake.
Mas dificilmente durmo com o som ligado.
Quando sinto que estou relaxada e que o sono está vindo, eu desligo o ipod e durmo em alguns minutos.
Muitas noites isso costuma funcionar, mas em outras não tem nick drake certo.
Algumas noites, como essa, escrevo e tento "limpar" minha mente de todos os pensamentos.
Durante um bom tempo eu fiz meditação e nessa época eu durmia melhor.
Tudo é uma questão de concentração.
E eu preciso me concentrar no meu sono e nada mais.

Boa noite.

domingo, 15 de maio de 2011

um dia, a conta chega.

adoro as pessoas que acham que sabem de tudo.
com seus egos inflados e suas máscaras de plástico.
a sujeira humana está intríseca.
pessoas sem educação. sem formação.
vão estudar bando de ignorantes.
pessoas repetitivas, cansativas, entediantes.
pessoas estagnadas no tempo.
escrotos filhos da puta em LETRAS GARRAFAIS.
amo o fato de eu ser superior a isso.
superior a essa mediocridade ambulante.
superior a esses que se acham gênios e engraçadinhos.
estupidez humana do caralho.
estou farta de tanta podridão.
de todo esse esgoto.
minha garganta tá travada. a voz entrecortada. as mãos petrificadas.
se você quer acreditar nas pessoas, vá em frente!
tolice.
o mundo é cheio de cabeças doentes.
demônios vestidos de santos.
algumas pessoas sentem prazer em mostrar o seu pior.
o seu lixo interior.
podem guardar pra si.
expelir todo esse mal apenas pra si mesmos.
o bom é que o mal que vai, volta.
entre laços e nós, algumas cordas ficam frágeis e permanecerão assim até que um dia não amarrem mais nada.
o sacrifício virá.
morram em suas covas rasas, cheias de veneno.
um dia, a conta chega.

terça-feira, 10 de maio de 2011

o tempo não para

Disparo contra o sol
Sou forte, sou por acaso
Minha metralhadora cheia de mágoas
Eu sou um cara
Cansado de correr
Na direção contrária
Sem pódio de chegada ou beijo de namorada
Eu sou mais um cara

Mas se você achar
Que eu tô derrotado
Saiba que ainda estão rolando os dados
Porque o tempo, o tempo não pára

Dias sim, dias não
Eu vou sobrevivendo sem um arranhão
Da caridade de quem me detesta

A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas idéias não correspondem aos fatos
O tempo não pára

Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára
Não pára, não, não pára

Eu não tenho data pra comemorar
Às vezes os meus dias são de par em par
Procurando uma agulha num palheiro

Nas noites de frio é melhor nem nascer
Nas de calor, se escolhe: é matar ou morrer
E assim nos tornamos brasileiros
Te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro
Transformam o país inteiro num puteiro
Pois assim se ganha mais dinheiro

A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas idéias não correspondem aos fatos
O tempo não pára

Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára
Não pára, não, não pára

Dias sim, dias não
Eu vou sobrevivendo sem um arranhão
Da caridade de quem me detesta

A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas idéias não correspondem aos fatos
O tempo não pára

Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára
Não pára, não, não pára

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Surto!



Amy, a Lôka!

É incrível como tem dias que a gente surta.
Ontem eu tive um dia desses.
Surtei geral.
Definitivamente eu preciso fazer terapia.
Preciso absorver a inteligência emocional, porque a minha tá burra emocional.
hahaha.
Foi triste.
Tudo começa com crises emocionais pesadas.
Depois passa pela fase do choro incontrolável e por fim nas ligações indevidas.
É foda!
Essa história dessa minha sensibilidade exacerbada vai acabar me enlouquecendo e enlouquecendo algumas pessoas ao meu redor também.
Sei que não é fácil conviver comigo, sei, porque as vezes nem eu me aguento.
Meu cérebro fica out of control demais.
No final, eu fico tão psicologicamente e emocionalmente destruída que quem olha na minha cara pensa que eu passei por uma tsunami.
Tenho que aprender a me proteger de todas as maneiras possíveis.
Essa história de me jogar demais, só me fode.
Não sou compreendida mesmo.
Quando eu tiver louca pra fazer uma big shit, vou dar uns bons gritos.
Vai aliviar bastante, tenho certeza.
Os vizinhos é que não vão gostar muito.
Mas, que se dane!
Antes a minha sanidade que a boa vizinhança.

Ainda bem que hoje é outro dia.